quarta-feira, 16 de abril de 2008

Mudando de caixa...

Como é a sua caixa?

“Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas”
Charles Dederich

Frase perfeita. Ainda mais para quem imagina que já alcançou a metade da vida. Sem falar em idade, não tenho expectativa de viver mais do que o dobro da minha idade atual. O que vier além disso é “lucro” :)

Porquê penso assim?

De repente, “não mais do que de repente”, olho para trás e percebo que fiz menos do que queria ter feito, aproveitado menos do que poderia ter aproveitado, ter sofrido menos do que poderia/deveria ter sofrido (o sofrimento não nos ajuda a amadurecer?), ter vivido menos o que poderia ter vivido.

Sendo assim, não quero perder nem mais um minuto, pois sei que quanto mais tarde “pior” para fazer tudo o que quero fazer na e da minha vida.

Objetivo primário: LIBERDADE – ser o mais livre possível, pois sabemos que temos amarras sociais – muitas – para vencer, romper. Sabendo que a liberdade plena é algo impossível pois tenho um filho para cuidar e que precisa de mim (não quero “me livrar” dele – abro mão dessa tal “liberdade plena” em função dele – tranquilamente), quem alcançar o máximo de liberdade possível estará mais próximo da “felicidade plena” (já postei algo sobre esse tema).

A vida nos condiciona, nos acondiciona em caixas pré-formatadas e vamos nos moldando, nos formatando, nos encolhendo, nos apertando, nos violando, para cabermos na caixa à qual nos destinaram desde pequenos. As caixas são construídas através dos moldes sociais, com todas as pressões sociais, com ferramentas da expectativa dos nosso pais e familiares; são forradas com a textura das nossas escolas, são pintadas de acordo com o gosto dos nosso amores, até que envelhecemos dentro dela e nela são guardadas as nossas cinzas: “ele era um homem espetacular, honesto, uma pessoa amável, carinhosa, bondosa, dedicada ao trabalho e à família, bla bla bla” - Esses são os valores nos quais e com os quais são construídas as nossas caixas.

Depois disso ainda são usadas como modelo, servem como referência, para construção das caixas dos nosso filhos e netos.

Precisamos nos desvencilhar das nossas caixas; Precisamos romper as paredes – por nós mesmos, depois de certo nível de maturidade reconstruirmos nós mesmos nossas caixas, com o tamanho, formato, material, cores que queremos e não as que os outros querem.

Fico nos imaginando como o caramujo. Desde que nasce começa a construir sua “caixa”. A cada dia que passa coloca um “tijolo”. O projeto arquitetônico? É o mesmo dos seus pais, o mesmo de todos os seus ancestrais. Mudar? Fazer “diferente”? Nunca! Essa é a natureza dele. Está no seu “DNA”.

Somos caramujos?

É muito cômodo dizer que esse é o nosso destino, que essa é a seqüência natural das coisas.

NÃO!

Se temos um certo grau de consciência, de racionalidade não é à toa! Temos que fazer diferente! A cada dia que passa, a cada segundo de nossas vidas. Aprender a inovar, a arriscar, a mudar de caminho, fazer o inverso, nos mexer!

Ser passivo diante dos fatos da vida é ser medíocre com você mesmo (êta palavra que não me larga!).

Palavra de ordem: mudar (parafraseando algum “blogueiro” :)

Temos que nos desconstruir e nos reconstruir diariamente. Os cenários mudam. O contexto muda a cada momento. A vida anda, “o tempo não pára”.

É isso... “e tenho dito”!


"Sonhe como se fosse viver para sempre, viva como se fosse morrer amanhã."
James Dean

"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"

Nietzsche