segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Paixão, sexo, amor e casamento...

Qual a fórmula para torná-los eternos?

Tá bom, nada é eterno.
Mas "que seja eterno enquanto dure" - ótimo!
Comentei anteriormente que esses sentimentos são independentes e podem ser vividos concomitantemente - inclusive com pessoas diferentes.
Porque o ser humano gosta de "eternizar" os sentimentos?

"Amor Eterno" - sentimento cinematográfico...

Porque não curtirmos o momento, vivemos intensamente cada minuto, cada segundo, sem nos preocuparmos com o minuto seguinte, com o dia seguinte, com o ano seguinte?

São questões que tento responder e entender para facilitar a prática desse discurso.

Mas uma coisa não posso deixar de comentar...
Certa vez li em algum lugar que deveríamos nos "casar" com alguém que imaginamos conversar e manter uma relação de amizade, cumplicidade, companherismo por muito tempo pois após toda a fase de paixão e sexo só nos restará o amor, cada vez mais refinado, mais polido e mais maduro e mais puro...

Mas, enquanto essa fase não chega, o que devemos fazer?
Atender a todos os nossos desejos?
Complicado fazer isso quando envolve pessoas... ainda mais pessoas que gostamos e até mesmo amamos.

É isso...
Quem disse que a vida não é complicada?
; D

"Se resistimos às nossas paixões, é mais pela fraqueza delas que pela nossa força."

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Amor e tipos de amor

Você acredita em amores diferentes com várias intensidades?

Pois é... ultimamente tenho pensado muito sobre o amor, seus tipos e intensidades. Antes de mais nada é preciso distinguir amor de paixão.
"Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa" :)
"Paixão é fogo que arde sem se ver", é uma coisa "incontrolável", que nos consome de dentro para fora; que nos excita, nos causa taquicardia, ofegações, tremores...

Li em algum lugar:
"O amor é a sede depois de ter bebido..."

Prefiro dizer:
A paixão é a sede depois de ter bebido...

Acredito que paixão e amor não têm ligação alguma, não têm relação de dependência e podem co-existir. Isso, ao mesmo tempo. Amor é outra coisa. É brando, é calmo, é curtido, é maturado.

Quais são os tipos de amor?
Será que são todos a mesma coisa?
Não. Definitivamente não.

Não se ama um pai da mesma forma que um filho; que por sua vez é diferente que o amor "homem/mulher" ou do amor entre duas pessoas que se relacionam (sexualmente inclusive); que é diferente do amor de um irmão ou de um amigo.

Até hoje nunca senti amor maior do que o que sinto pelo meu filho. Amor de pai é diferente do amor de mãe. Sem dúvida o de mãe é muito maior - observe que o que sinto pelo meu filho é o maior que já pude senti. Acredito que o amor de mãe pode chegar à beira do incondicional...

Antes de ter filho o maior amor que pude sentir foi o por minha mãe - seria então o complexo de Édipo evidenciado? - hehehe

Eu costumava dizer que amor (de relacionamento) é a "evolução" da paixão; é o amadurecimento dela. Uma coisa vai se transformando em outra. É como conservação de energia que estudamos na física.

E como surge o Amor?
Os "amores familiares" - chamo assim os amores paternos, maternos e fraternos - normalmente surgem de forma natural, com a criação, com o convívio.
O "amor de amigo" surge também com o tempo, com a afinidade, com a cumplicidade e esse, fora os "familiares", são os mais estáveis, os mais duradouros, os mais simples, são espontâneos, são "de graça" (escrevo entre aspas pois acho que nada é de graça, tudo é uma questão de troca - mas isso é questão para outra postagem).
O "amor de relacionamento" é aquele proveniente do amadurecimento da paixão. Logo, tem todo um contexto, toda uma história, toda uma evolução e que pode se tornar "vicioso", acomodado, estático, igual, até mesmo doentio.
A acomodação cria uma estabilidade, uma "zona de conforto" que te envolve, te prende, te aprisiona.
Todo seu histórico, todas as lembranças (olhe a "maldita" novamente) são como barreiras invisíveis que te "impedem" de te afastares dele, por mais que nossa razão queira, nossa emoção não deixa (vejam essa postagem de Sam).

"O amor não é feito de trocas de olhares, mas de olharmos juntos na mesma direção"

Já a paixão... inicia essencialmente pela troca de olhares...

E a intensidade?
Amamos todos (dentro das classificações acima) na mesma intensidade?
Claro que não! Apesar de não existir uma escala para medir amor sabemos que podemos amar um amigo mais do que outro, um irmão mais do que outro, um filho mais do que outro (por mais que os pais neguem - hehehe)

Bom, chega de tanto amor. Amor é "bonito" mas amar "cansa". Tem horas que a "obrigação" de amar (será que isso seria realmente amor?) nos esgota - principalmente se não é retribuído.

Temos que ter em mente que é no amor próprio que devemos investir sem medo de errar, pois o fato de amarmos muito outra pessoa não quer dizer que essa pessoa tenha alguma obrigação para conosco. Ninguém depende exclusivamente de um amor (específico) para viver.