sexta-feira, 27 de julho de 2007

Tempo...

Ô sujeito miserável!

Quanto ao "tempo": imbatível, inabalável, impiedoso, inatingível, irredutível, intransigente, inflexível, duro, imparcial, implacável, cruel, inexorável...
O que podemos contra ele? NADA. Ele anda e corre, se rasteja e voa, mas sempre constante, em "movimento uniforme".
Sempre em frente: retroceder? Jamais!
Como dizem, "se não pode com ele, junte-se a ele".
Faça dele um aliado.
Entre no seu jogo.
Faça ele trabalhar por você.
Como?
É só entendê-lo e respeitá-lo.
Aceitar os seus limites e a sua infinitude.
Ele vai passar, você queira ou não queria.
Ele vai te arrebatar.
Não resista!
Se deixe levar.
Aprenda o seu caminho, conheça seus trilhos.
Quando você menos esperar vai ter passado um tanto dele.
Então, pare!
Olhe para trás...
Veja a trilha que você construiu.
Reflita sobre as "lições aprendidas".
O tempo é único, não se repete.
A humanidade é que vive em espiral... sempre volta ao mesmo ponto só que em outro plano.
"A história se repete"?



O tempo, apesar de impiedoso, resolverá todos os seus problemas.
Decidi não mudar nada. Vou seguir meu conselho: estou dando tempo ao tempo.
Não vou romper a corda nem desatar os nós.
Junte-se ao algoz.
Entre no jogo dele.
Hiberne.
Entre em período de latência.
Deixe o cenário mudar.
As coisas mudam.
Sempre mudam!
Talvez esse seja um benefício de não mudar junto com as coisas: é ter a oportunidade de escolher em que estação você vai descer do trem; por mais que você esteja enjoado e cansado de andar de trem e queira andar de avião, carro, jegue ou até à pé.
Só preciso, agora, me convencer disso para que tudo dê certo. ; D

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sobre a Verdade...

O que sabemos sobre a verdade?

De cara digo: a verdade não existe ou pelo menos ela não é universal!

Muito já me questionei sobre a verdade, sobre o que as pessoas acham o que é a verdade. Cheguei a conclusão que a verdade é uma das coisas mais individuais que existem (exagerei?). Cada um tem a sua verdade. O máximo que poderíamos dizer (considerar) que a "verdade" seria a idéia, a opinião ou o juizo de valor da maioria de um grupo. Aí poderíamos ter uma "verdade da maioria"...

Mas o que isso quer dizer?

Nada! Simplesmente para mim isso não significa nada no momento que considero que cada um tem a sua verdade, cada um enxerga e interpreta o mundo de forma única. Sendo assim, não tem, para mim, nada mais irritante do que as afirmativas que começam com "A verdade é...". Fico com vontade de dizer na hora, antes que terminem a frase: "a verdade é o quê cara pálida!?"
E mais: normalmente não tenho paciência de discutir essas coisas com pessoas que têm a mania de falar "o que é a verdade". Simplesmente as ignoro. Entra por um ouvido e sai pelo outro.

"A verdade é essa." E tenho dito!    ; D

"Querer a verdade é confessar-se incapaz de a criar."
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Amizade...

Dia do amigo

Bom, não sou muito afeito a comemorações sem um fundamento histórico. Mas recebi um texto sobre a amizade que reproduzo-o aqui:

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano... Basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

(Vinícius de Moraes)



Obs: Olhem também a postagem do dia 28/06/2007

Tempo...

Administrar o tempo!

Tenho pensado muita coisa e passado para o fundo de um caderno... mas sem tempo para digitar... :(

Não vou mentir que tenho dificuldade em administrar meu tempo... qto mais tempo tenho menos eu faço (parece contraditótio, não?). Agora, se tenho muita coisa para fazer, em pouco tempo, consigo concluir mais do que se tivesse com muito tempo...

Escrevo agora na promessa de atualizar o blog com os pensamentos que me surpreendem e me atormentam... rs.

Ate +

terça-feira, 17 de julho de 2007

Viver Valeu...

Viver Valeu?

Acabei de escutar a música "Viver, Amar, Valeu" cantada por Zizi Possi e ressalto um trecho que achei importante citar aqui:

"Quando a atitude de viver
É uma extensão do coração
É muito mais que um prazer
É toda carga da emoção
Que era o encontro com o sonho
Que só pintava no horizonte
E, de repente, diz presente
Sorri e beija a nossa fronte
E abraça e arrebenta a gente
É bom dizer viver, valeu"

Apesar de estar passando por um período conturbado, confuso com os "entes" que em mim habitam, por um momento de razão posso dizer "viver valeu".

"Se formos mudar as coisas de modo como devem ser mudadas, teremos de fazer coisas que não gostaríamos de fazer."
John F. Kennedy

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Ainda com as lembranças...

Lembrar: porque?

Volto a escrever sobre as lembranças. Por mais que saibamos que as lembranças guardam nossa história, nossas alegrias, momentos felizes, cheiros, gostos, imagens, sons, etc, é inevitável lembrar (olhe ela aí de novo!) que elas também trazem dor e sofrimento.

Tem "filósofo" que diz que devemos lembrar bem das coisas ruins (ou das boas que nos causam dor) para 'gastá-las' e por mais que recuperar esses fatos da memória nos cause dor e sofrimento, esta ação cicatrizará a ferida mais rápido e a deixará mais 'resistente' até o ponto de não nos incomodar mais. Será???

Pensando bem, pergunto: o que incomoda mais: a nossa lembrança ou a lembrança dos outros (sobre nossas mais terríveis lembranças)? Tem fatos que se somente nós lembrássemos seria 99% do problema resolvido e o 1% ficaria por conta da consciência.

Bom, sendo bem racional, acredito que a lembrança em si é mais um 'bem' do que um 'mal' para a humanidade. Sem dúvida! Eu é que queria ter o poder de 'apagar' certas lembranças ou guardá-las tão bem guardadas que nem lembrasse aonde as guardei! (é quase como 'fechar a gaveta com a chave dentro' hehehe); Ou ainda ter o sangue frio de ficar me lembrando de todas as coisas que me causam dor de forma que eu me acostume e termine por esquecê-las.

Como não tenho como 'desativar' a f unção 'lembrar', preciso aprender a 'dissolver' a lembrança de forma que a mais funesta vá se abrandando até que fique transparente e eu nem a perceba mais, mesmo sabendo que ela está ali.

Ufa! Acho que é isso... espero não me lembrar de nada mais sobre as 'lembranças' - hehehe

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Lembranças...

Para que lembramos?

Em uma aula de filosofia o professor citou alguma coisa sobre a lembrança...
Se o homem não tivesse lembrança talvez ele fosse mais feliz, ou melhor, o homem sofre porque lembra. A princípio achei que fosse exagero atrelar felicidade com lembrança. Mas no contexto da aula (sobre o Amor, Eros*, etc) percebo que faz sentido essa relação!

Pensem comigo: se não lembrássemos das paixões passadas, dos beijos lascivos, dos abraços urgentes, do amor intenso, das feridas expostas, das dores vividas sofreríamos tanto?

Vcs acham que os animais sofrem por amor? hahahaha...

Bom, estou só provocando.
É claro que por trás das lembranças tem muitas coisas boas - "relembrar é viver" (também).

Talvez eu esteja escrevendo isso por estar passando por momentos nostálgicos (boas lembranças) que traz saudades...

Este tema me traz também várias questões sobre a paixão, sobre o amor, sobre traição, mas que ficam para outro post!

* Eros, filho de Poro e Pênia (Penúria)

“... amor é sede depois de se ter bem bebido” – Guimarães Rosa
obs: eu trocaria a palavra 'amor' por 'paixão'.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Mundo Novo

Mudanças...

Aos poucos vamos percebendo que o mundo muda. Ou só eu achava que não? Por mais que saibamos que sim, muitas vezes nos encontramos "parados". Sempre no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas.

Então melhoro minha afirmação: o mundo muda mas você pode estar parado... Se até os conceitos, teses, teorias, afirmações científicas mudam com o tempo (a terra já foi o centro do universo!), porque temos que ficar no mesmo lugar?

Viver novas experiências, provar novas comidas, sentir novos perfumes, novas texturas ou até mesmo refazer coisas que a 3, 4 meses atrás não fazemos pode nos trazer surpresas agradáveis.

Derrubemos os muros, quebremos os copos (eu já disse isso em algum lugar?) - mudemos!

Seguem algumas frases sobre mudanças:

"Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros mudam as pessoas."
Caio Graco

"Triste não é mudar de idéia. Triste é não ter idéia para mudar."
Francis Bacon

"Nada existe de permanente a não ser a mudança"
Heráclito de Éfeso

"Visão sem Ação não passa de um sonho. Ação sem Visão é só um passatempo. Visão com Ação pode mudar o mundo."
Joel Artur Barter

"O poder não muda as pessoas, as revela." *
Autor desconhecido

* Essa última não tem muito a ver com o tema, mas gosto muito dela. Verdadeiríssima!