segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pensamentos...

Somos máquinas de pensar?
Às vezes me sinto como uma máquina que processa dados (pensamentos) mas não produz conhecimento.
Tomo decisões, respondo e-mails mecanicamente, racionalmente baseado nas informações (dados) de forma automática como um processador computacional.

É o pensar mecânico despido de sentimentos e de juízo de valor, reto, digital, discreto ( em contraposição ao contínuo, matematicamente falando).

Sinto necessidade de um tempo para mim, para produzir idéias, para interpretar o mundo, dar cores às cenas, sentir (e relembrar*) os cheiros** das coisas e das pessoas - descobrir muitas coisas e inventar outras tantas, poder influenciar no destino (meu e dos outros) e não ser um mero repetidor/reprodutor de idéias alheias.

* Por falar em "lembrar" ouvi algo sobre a lembrança: "a lembrança é como um faca que de vez em quando nos corta"

** Acredito que o olfato é um dos sentidos mais aguçados que tenho. Freqüentemente os odores me conduzem ao passado e me trazem lembrança (ela mais uma vez!) boas, saudosas e algumas ruins. Gosto de sentir o cheiro do desejo e do beijo que por sua vez às vezes tem cheiro de sexo. Beijo sem cheiro é como comer sem sal, sem doce, sem tempero.